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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Japão: um mês depois, não se pode esquecer


Tóquio, 11 abr (Prensa Latina) Há um mês do terremoto e tsunami no Japão suas consequências são uma recordação perene: os mortos e desaparecidos somam mais de 27 mil e a crise nuclear está por resolver-se.
Os respectivos totais são 13 mil 116 e 14 mil 377, de acordo com uma parte da polícia até as 10:00 hora local desta segunda-feira.

O primeiro dado abarca 12 prefeituras, incluídas a de Iwate, Miyagi e Fukushima, no nordeste do arquipélago e as mais atingidas por estes golpes da natureza. A segunda estatística refere-se a seis regiões.

Segundo passam os dias, ninguem se esquece, mais bem tudo segue presente. Ontem recuperaram-se 103 cadáveres como parte de uma busca na que participaram milhares de soldados das Forças de Defesa.

Enquanto, umas 151 mil pessoas permanecem em centros de evacuação pelo que se considera o pior desastre natural na história desta nação- um sismo de 9.0 graus na escala de Richter e um maremoto com ondas de vários metros.

A devastação limita uma rápida recuperação porque além da enorme quantidade de escombros nas áreas arrasadas, as afetações no fornecimento elétrico, entre outras, devêm obstáculo adicional. Em muitos lugares tudo está por começar.

A essa dura e triste realidade acrescenta-se a crise na central nuclear 1 de Fukushima, incluídos escapamentos de substâncias radiativas que chegaram ao mar e preocupam para além das fronteiras do país.

Na usina trabalha-se para armazenar água com altos níveis de radiação que se estima procede do núcleo do reator 2, onde as barras de combustível se fusionaram parcialmente. Isso é só um dos grandes problemas detectados no complexo energético.

Com isso se busca facilitar a continuidade dos labores para restabelecer os sistemas de resfriamento e evitar piores consequências, sobretudo uma maior contaminação marinha, no meio de uma incerteza ainda por despejar.

Também se continua injetando nitrogênio no reator 1 com vista a reduzir o risco de uma explosão de hidrógeno.

Os efeitos e alcance da crise podem inferir-se da rejeição do governador de Fukushima, Yuhei Sato, a receber a Masataka Shimizu, presidente da empresa Tóquio Electric Power Company, gestora da usina.

Shimizu visitou hoje a sede dessa autoridade para desculpar pelo desastre nuclear ocorrido, mas a parte anfitriã declinou o encontro, segundo informou-se.

Em um mês após a trágica data, muitos olham ao passado para recordar e até tratar de encontrar algo que lhe devolva parte da vida perdida, mas sem conseguir nada para além do vazio.

Também o fazem ao futuro com a intenção, mais que para imaginar, de ver algum sinal de fôlego frente a tanta dor, destruição e preocupações.

Via: prensa-latina

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