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domingo, 9 de outubro de 2011

Mercado de games já fatura o dobro do de filmes americanos

Com o crescimento do ramo, a partir de 2012, Grammy terá categoria especial dedicada a trilhas sonoras de games.






Garotada espremida na grade para assistir ao show de uma orquestra sinfônica? Tocando música de videogame? 

Transformar videogame em show foi ideia de um músico americano. Ele trabalha neste mercado há 20 anos. "Música e videogames são duas paixões de infância. No início, foi difícil juntá-las porque naquela época não havia nada parecido com compositor de trilha de jogos", diz o compositor Tommy Tallarico.

 Hoje, essa profissão não só existe como tem prestígio. Este ano, pela primeira vez na história, uma canção composta para um jogo ganhou um Grammy - o Oscar da música. E a academia se animou: em 2012, vai ter categoria exclusiva para esse tipo de trilha. 

Os barulhinhos do passado evoluíram para trilhas sonoras completas, assinadas por artistas consagrados, como o rapper 50 Cent. A banda de rock Korn e o vocalista do System of a Down, que estava no Brasil no Rock in Rio, domingo passado. 

Já os caras do Aerosmith viraram bonequinhos virtuais. E o dinheiro que eles ganharam com o game, eles jamais ganharam com um disco.

O músico brasileiro Lucas Lima não só compôs três trilhas para games de computador como regeu, ontem, um concerto ao vivo só com músicas de jogos. 

“A gente não tem noção de quantas músicas tem em um jogo. Tem a música quando o cara toma um tombo, quando ele passa de fase, quando ele passa de mundo, tem que pensar em muita coisa”, explica o músico Lucas Lima.

Dado Villa-Lobos, ex-guitarrista da Legião Urbana, também já estreou no ramo. Aceitou o convite para criar uma trilha para apresentação de um game.

“Eu falei: ‘Ah, que interessante pode ser isso, mais uma porta, mais um foco para você fazer música’”, conta.

Uma porta não só para músicos, mas para outros profissionais - que procuram escolas como uma que existe no Rio de Janeiro. Uma escola que ensina a fazer videogames.

Quando vocês falam em casa que vocês tão trabalhando com videogame o pessoal acredita? “Acredita. Mas custa um pouco”, admite um deles. “Acredita, mas às vezes não gosta”, diz outro.

Até Tadeu Schmidt quis participar. Para isso, o repórter colocou uma roupa esquisita. “Estou me sentindo abduzido por extraterrestres, estão estudando o meu corpo. Graças aos sensores da roupa, o computador capta meus movimentos e, de um dia para o outro, aí está o joguinho”, diz Tadeu.

Imitando a realidade e criando ilusões, a indústria dos jogos eletrônicos é coisa séria. Vai movimentar, este ano, no mundo, US$ 74 bilhões, mais que o dobro do que os filmes produzidos em Hollywood vão faturar em 2011.

Não é à toa que uma feira - que rolou no Rio, no fim de semana, junto com o festival de música de videogames - ficou lotada. “O Brasil é o quarto no mundo em jogadores de game, os jogos online então, já deve estar indo para o segundo lugar no mundo”, diz Sérgio Murilo de Carvalho, organizador da feira.

Via: Globo


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