Segundo estudo australiano, um camelo emite, por ano, cerca de 45 kg de gás metano – o que equivale a, aproximadamente, uma tonelada de CO2. Como o mamífero é uma praga no país, a empresa Northwest Carbon não teve dúvidas: sugeriu um plano de extermínio aos camelos australianos para reduzir as emissões do país.
A lógica da empresa é simples: matando cerca de 1,2 milhão de camelos, por ano, a Austrália –que assumiu uma meta baixíssima de redução de CO2 até 2020: apenas 5% – conseguiria evitar, com pouquíssimo esforço, a emissão de 1,2 milhão de toneladas de CO2 – e, ainda, conseguiria matéria-prima grátis para a fabricação de ração animal.
Segundo a empresa, a ação daria um resultado equivalente a tirar de circulação cerca de 300 mil carros que percorrem, anualmente, 20 mil km. Com uma diferença: o extermínio não exigiria nenhum esforço da população, que poderia continuar vivendo sem nenhuma mudança de hábito.
A ideia, por si só, já é absurda, mas a forma como a empresa sugere matar os camelos é ainda mais inacreditável: eles propõem usar carros e helicópteros – que emitem gases poluentes! – para caça-los e, assim, reduzir a liberação de CO2 na atmosfera. Alguém entendeu a lógica?
O pior é que o governo da cidade australiana de Camberra levou a ideia a sério e está, de fato, avaliando a inclusão da proposta no Plano de Redução de Gases Poluentes para o setor agrícola. Pode?
Fonte: Abril
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